A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu, na última quinta-feira (12), o balanço da Operação Desarme, que resultou na apreensão de um arsenal estimado em mais de R$ 250 mil. A ofensiva, coordenada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Rondonópolis, teve como objetivo desarticular um grupo criminoso envolvido no comércio ilegal de armas de fogo e munições na cidade e arredores.
Na terça-feira (9), os policiais cumpriram 10 ordens judiciais – entre mandados de prisão e de busca e apreensão. Durante as buscas, os agentes apreenderam 10 armas de fogo (curtas e longas), mais de 44 mil munições, tubos de pólvora, cartuchos diversos e uma máquina de prensa.
Quadrilha vendia armas por WhatsApp e usava casa de pesca como fachada
Os investigadores identificaram quatro integrantes principais do esquema, incluindo um casal que liderava o comércio ilegal. Eles ofereciam armamentos por meio de conversas no WhatsApp, onde enviavam fotos e valores. A quadrilha operava com agilidade, ocultando a atividade criminosa em uma loja de pesca que funcionava como fachada.
A Derf comprovou que os criminosos vendiam armas de diversos calibres para todo tipo de público – desde caçadores ilegais até faccionados. Um dos compradores, inclusive, cumpre pena na Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa (Mata Grande) e faz parte de uma facção criminosa ativa em Mato Grosso.
Armas já abasteceram homicídios na região
As investigações também revelaram que parte das armas vendidas pela quadrilha foi utilizada em assassinatos recentes em Rondonópolis e municípios vizinhos. O grupo, segundo a delegada Anna Paula Marien, operava com organização e tinha canais diretos com criminosos de alta periculosidade.
O arsenal apreendido tinha valor estimado em R$ 250 mil. Cada arma negociada podia render até R$ 25 mil, dependendo do modelo e calibre. A quadrilha lucrava com um mercado ilegal crescente, impulsionado pela demanda de criminosos e pela facilidade de o a canais digitais de venda.
Perguntas frequentes
Mais de R$ 250 mil em armas, munições e equipamentos.
Usava o WhatsApp para negociar e uma loja de pesca como fachada.
Desde civis até faccionados presos na penitenciária da cidade.